A Guarda Civil Metropolitana é uma Corporação uniformizada e armada, criada para proteção dos BENS, SERVIÇOS e INSTALAÇÕES do Município.
Isso está claro nas legislações em instância Federal, Estadual e Municipal.
Seu aspecto comunitário está intrínseco na própria razão de sua criação. Foi exatamente com esta filosofia que o Sr. Jânio da Silva Quadros idealizou a Corporação que se referenciou na antiga Guarda Civil do Estado de São Paulo.
Com o passar dos tempos, a Instituição foi variando suas características de acordo com as gestões de governo vigentes. Tais variações impediram uma especialização, uma identidade, que permanece na gestão atual. Tantas são as atribuições abarcadas pela Instituição, mesmo sem ter os recursos para tais.
Este artigo em questão norteia de uma forma mais resumida, através de uma retrospectiva dos seus 24 anos de existência que expõe as principais atividades perdidas.
QUAIS OS CAMINHOS QUE A GUARDA CIVIL METROPOLITANA DEVE PERCORRER?
Otimizando as suas características e tomando como base os objetivos pelos quais ela foi criada.
Também sugere formas de tornar a Guarda Civil Metropolitana especialista na segurança em curtíssimo espaço de tempo e o ponto chave para isso é o comprometimento dos seus gerenciadores.
RESUMO
O artigo aborda alguns dos principais impedimentos que trata tanto do que a Corporação deixou de ganhar para seu desenvolvimento, e neste contexto quem mais perdeu foi à própria municipalidade uma vez que, o objetivo da Instituição é a excelência dos serviços prestados.
Mostra também a falta de identidade da Instituição devido a sua falta de objetividade operacional e administrativa oriundas da vulnerabilidade à influência externa de conotação política das gestões de Governo Municipal ou interesses de outras instituições.
Então através de uma analogia das precariedades do passado e suas oscilações entre erros e acertos, considerando também as deficiências que avança de forma cada vez mais concreta, algumas sugestões expostas aqui merecem ser consideradas com atenção porque resgatam as características operacionais, funcionais e administrativas da Instituição como, o policiamento escolar. Sanando esses problemas e recolocando a Guarda Civil Metropolitana rumo ao crescimento.
O colapso da segurança assola a população tanto das grandes Nações consideradas de primeiro mundo, através de ações terroristas que muitas das vezes são provocadas por elas próprias, quanto nos países de menor expressão a nível mundial como é o caso do Brasil.
Aqui a insegurança é fruto de uma péssima distribuição de renda, falta de investimento em necessidades básicas sociais como emprego, moradia, saúde e principalmente na educação. Algumas medidas devem ser aplicadas em conjunto pelo público através de ações integradas entre as forças das administrações Públicas das três esferas de governo.
A Guarda Civil Metropolitana, como órgão do Poder Público Municipal, tem papel fundamental na mudança do quadro crítico social que a cidade vive com relação á deficiência na incolumidade dos patrimônios e segurança dos cidadãos.
Por estar nos setores dos serviços municipais que são os mais próximos dos cidadãos, como vias públicas, parques, praças, hospitais, centros esportivos, escolas, céus, tele-centros etc., os Guardas Civis Metropolitanos acabam se transformando na primeira alça de apoio ao munícipe quando este necessita.
Também nas situações tranqüilas ele é uma peça fundamental para a prevenção, além de uma pessoa amiga, cordial e prestativa à comunidade por manter uma maior aproximação devida seu perfil mais simpático.
É diferente da polícia estadual, em que um cidadão a procura somente quando está necessitando e isso não permite à instituição uma característica comunitária. Assim, as guardas municipais, mais especificamente a Guarda Civil Metropolitana, deve ter como alicerce a função integralmente preventiva buscando ações nas causas dos problemas, embora esteja sempre alerta e preparada às possíveis intervenções que exijam ações repressivas também.
Este artigo tem por objetivivo geral tentar resgatar a identidade da Guarda Civil Metropolitana, através do restabelecimento de suas prioridades operacionais diante das questões sociais e as precariedades dos recursos provenientes da falta de investimentos na sua infra-estrutura e também do comprometimento e reconhecimento dos seus gerenciadores.
Temos no quadro de funcionários o fator mais positivo onde o empenho, vontade e ideal de cada guarda fizeram a Corporação atravessar as inúmeras dificuldades, sobre as quais se faz prevalecer nestes 24 anos de existência. Basta lembrar que as Guardas Municipais pedem apenas para trabalhar.
Com investimento em capacitação aprimoramento e técnica de ações comunitárias de policiamento, somada ao excepcional material humano e a vantagem de lidar diretamente com o Cidadão por ser comunitária e não institucional, a GCM, poderá promover um desenvolvimento técnico profissional que levará ao topo da eficácia operacional nas questões da segurança no âmbito municipal.
Cabe ressaltar que desde 1986, quando foi criada pelo então Exmo. Senhor Prefeito Jânio da Silva Quadros, a GCM, já adotara as características de policiamento comunitário, porém, por estar sempre suscetível às súbitas mudanças diretas das ideologias políticas a cada gestão de governo municipal, a Corporação não se definiu no cenário da segurança.
Então, não é uma questão de legislação e sim vontade política de promover mudanças e resgatar conceitos básicos, para colocar a GCM como um órgão da segurança Pública Municipal, inclusive com um Secretario de Segurança Urbana oriundo da própria carreira e sem qualquer vinculo com as instâncias estaduais ou Privado, o que promoverá autonomia e a deixará soberana em seu gerenciamento, já que a Instituição não fica devendo nada para qualquer outra força em termos técnicos operacionais.
Por que um Secretario de Segurança Urbana próprio da carreira?
Porque o compromisso da Guarda Civil Metropolitana estará voltada exclusivamente às problemáticas da segurança e questões de interesse apenas da municipalidade deixando os interesses políticos institucionais de outras instâncias completamente nulos de influência.
A Partir daí, é possível promover uma definição das prioridades, e então a Guarda Civil Metropolitana poderá planejar uma estratégia operacional mais eficiente onde abdicará de algumas atividades que não são prioritárias e que somente demandam empenho de guardas, para direcionar os esforços em busca não somente da eficiência, mas também poderá almejar êxito na busca da excelência em algumas atividades dentre as quais devemos ter como a principal, o policiamento escolar.
Retomando ao passado, podemos tratar das nossas raízes adaptadas às necessidades concretas e atuais que é a segurança dos próprios municípios como Via pública, Praças, parques Hospitais, creches, pronto-socorro, céus etc., que a pertinência da situação necessitar. Mas não podemos deixar o GCM numa situação de guardião do prédio como no passado. Naquela época a Corporação estava em fase de formação tanto no aspecto estrutural quanto no operacional, funcional e administrativo.
Policiar os próprios municipais citados supra, nos dias atuais, significa que os guardas escalados no posto e as viaturas de ronda, formam o sistema de policiamento do setor, ou seja, os GCM's não devem ficar dentro do próprio municipal que ele estiver escalado, deve percorrer também as imediações numa adjacência mais curta enquanto a viatura da ronda deve policiar o perímetro mais extenso deste Próprio Municipal. Assim estes guardas estarão escalados numa extensão do local em questão e não restrito somente à parte interna deste local.
Os próprios municipais são apenas uma referência para se delimitar a área de atuação do GCM em escala de serviço, são uma espécie de base que terá sempre 02 GCM's de plantão, enquanto outros rondam o perímetro, aproveitando melhor a sua característica preventiva e comunitária, e suprimindo o estima que compara as funções de um GCM uma mera guarda patrimonial; o que sempre foi um equivoco ou falta de planejamento nas filosofias das gestões de governo municipal.
ESSA É A FORMA DE SE OBTER O MELHOR RENDIMENTO SOCIAL DE UMA VERDADEIRA POLICIA COMUNITÁRIA.
Não se podem limitar as atribuições de uma corporação que tem capacidade e preparo para funções mais abrangentes, somente por questões partidárias ou até mesmo em atendendo aos interesses institucionais alheios à municipalidade.
Conforme já foi abordado anteriormente, a base constitucional da Guarda Civil Metropolitana que é a proteção dos bens, serviços e instalações municipais, ou seja, o policiamento nos próprios municipais e adjacências, necessita ser resgatada. A vantagem da eficácia do nosso trabalhador está exatamente nos postos de atendimento municipais, em que o cidadão usuário tem contato com o GCM nas situações em que não está necessitando de seu préstimo como policial, ou seja, por não ter sido aviltada a sua integridade física ou moral.
Então, apesar de estar sempre preparado para agir nesta circunstância também, o contato terá um contexto estritamente social, onde o GCM tem a oportunidade de mostrar a sua educação, conhecimento, cidadania, boa apresentação, gentileza e seu garbo entre outros predicados que com certeza, passa despercebida por uma pessoa quando esta necessita da sua intervenção como policial.
Dessa forma o GCM conquista a simpatia dos munícipes usuários, acompanhantes e funcionários dentro da sua própria ação preventiva, o que realça o lema da Corporação que é: “AMIGO, PROTETOR E ALIADO”.
Havia um orçamento próprio além da verba federal e tudo era aplicado em razão da segurança urbana, ou seja, a Guarda Civil Metropolitana gozava de investimento que a deixaria mais forte a cada ano se o planejamento fosse continuo.
Entretanto, com a mudança de gestão, a Secretaria SMSU foi desativada e restrita a Coordenadoria. Então, onde havia um secretario se fez um coordenador. Mas o pior que tudo na GCM, foi reduzido. Perdeu-se a verba do governo federal e o resultado disso é o pior possível, pois, a frota estava sucateada e não havia investimento nem mesmo para se promover a manutenção.
As inspetorias estavam e ainda estão cada vez mais precárias, sem condições básicas até de higiene, e isso influencia na dignidade do guarda como servidor e acaba por recair também no seu rendimento operacional.
Hoje foi restabelecida a secretaria de segurança urbana novamente e a guarda Civil Metropolitana não pode presidir dessa secretaria que traz recursos para concretizar todos os planejamentos e cumprir metas de desenvolvimento tanto na infra estrutura operacional quanto no aperfeiçoamento profissional do efetivo; e o que é ainda mais relevante, com verbas provenientes do governo federal exclusivamente para isso.
Observa-se que a Guarda Civil Metropolitana vem perdendo o caráter comunitário a cada dia que passa, o GCM está se ausentando cada vez mais dos próprios municipais para compor o efetivo destinado a outras funções que não são bem vistas pela sociedade num contexto geral, e ainda algumas chegam a ser questionáveis quanto ao seu caráter legal.
Esse é exatamente o caso da antiga Inspetoria de Fiscalização do comércio ambulante na área da subprefeitura da Sé, que deveria por oficio constitucional, ter a função de proteger o serviço da fiscalização realizado pelos agentes vistores da subprefeitura, e não de fiscalizar. Assim, o GCM é removido das funções onde é visto com simpatia pela sociedade, para desenvolver ações totalmente antipática à opinião Pública, salvo raríssimas exceções, e isso desgasta a boa imagem da Instituição. Caso este ainda se faz na região do Jabaquara.
A Inspetoria de Fiscalização era uma Unidade que abarcava um número exorbitante de GCM's e ainda assim era insuficiente para a resolução do problema do comércio informal na área central da nossa cidade. Isso porque o GCM, que é um policial e não um fiscal é submetido à tarefa de realizar até apreensões na rua, o que dificulta o desempenho pelas suas características preventivas, além de banalizar a sua imagem de policial quando ele é caracterizado como “rapa”, apelido vulgarmente atribuído á fiscalização.
A visão que o GCM espelha para a população, na atividade da Inspetoria de Fiscalização era exatamente a de um “rapa”, ou seja, um uniformizado e armado fiscal de ambulantes. Comparando as atividades, seria o mesmo que uma Lei Municipal obrigasse o GCM a dar aula na escola, ao invés de cumprir com sua função constitucional única que é a proteção da mesma.
Como a Inspetoria de Fiscalização foi desativada, os 85% dos seu efetivo deveriam voltar ao policiamento escolar. Os outros 15% restantes, comporiam um núcleo de fiscalização que, juntamente com GCM's já prontos digo GCM's que já participaram diversas vezes das operações, fariam apreensões nos inúmeros depósitos de guarda-volumes espalhados por toda a cidade em locais de concentração do comércio ambulante.
É um trabalho que já foi realizado com intensidade em 2006 e obteve um resultado estatístico surpreendente.
A Fiscalização de rua é um problema das subprefeituras; já que são elas próprias que deliberam sobre as TPU's (Termo de Permissão de Uso), também devem fiscalizá-los com seus agentes vistores que são os profissionais devidamente preparados e remunerados para tal função.
Na própria Inspetoria formar um corpo de guardas que já são capacitados para diálogo e busca de entendimento caso necessite.
Hoje temos GCM's capacitados para qualquer tipo de trabalho seja ele social operacional preventivo ou ostensivo e de estratégia.
Então concluímos que o efetivo deve ser otimizado; assim, também retomamos uma forma de operar mais inteligente e eficaz, agindo nas causas do problema no comercio informal ai invés de agir nas conseqüências. O combate ao comercio irregular ambulantes será realizado com muito mais abrangência e sem qualquer imagem de arrogância e antipatia da Guarda Civil Metropolitana para a comunidade.
Hoje em dia as problemáticas de proliferação das drogas nas escolas temos uma ação de cunho social, cidadão e solidária. É o que há de mais social, integrando ações e métodos objetivados sanar esses problemas.
Uma unidade escolar muito pode fazer para auxiliar no combate às drogas por duas razões básicas:
A primeira é que o problema está em todos os níveis sociais e em todos os grupos, ou seja, na turma de amigos do bairro, no trabalho, na familia, nas opções de lazer enfim, em todos os segmentos, dos mais variados de convívio social e isso inclui a escola que, mesmo as que não têm o problema instalado internamente, sofrem com reflexos do problema externo que é trazido para seu interior, Então, mesmo conseguindo impedir que o aluno faça uso do entorpecente dentro da escola, não é raro a unidade sofrer atos de vandalismo e violência, que são reflexos do uso dessas substâncias fora da Unidade Escolar.
A segunda é que a droga não se combate somente com repreensão, já que é um problema cultural também. Através de um trabalho de conscientização nos alunos, desde criança até a adolescência, sobre a negatividade dessas substâncias, poderá ser estabelecida uma postura de repúdio às drogas para as próximas gerações.
Criar uma divisão para os readaptados para um trabalho de instruir os alunos das escolas, alem de resgatar a dignidade profissional dos GCM's readaptados (aqueles vetados para o trabalho operacional), preparando-os para um trabalho especifico de instruir os alunos das instituições escolares de todos os níveis, através de dinâmicas de conscientização sobre os danos causados pela problemáticas das drogas.
A Guarda Civil Metropolitana tem um setor de inteligência, mas infelizmente não funciona.
Podendo readequar, por exemplo, não tem um estudo de seu passado, referencia o presente e planejamento o futuro, jamais foi elaborado qualquer planejamento com metas a serem cumpridas. A Corporação vive sempre o gerúndio da sua situação, ou seja, de acordo com o momento. Isso muito colaborou para a sua vulnerabilidade, que sempre deixou a Inspetoria suscetível às vontades da gestão de momento. Como não bastasse atender vontades de gestões de governo, houve períodos em que se chegou a atender até necessidades, ou interesses pessoais de autoridades municipais, num ato de total irregularidade.
Por mais inteligente e competente que possa ser a pessoa de um comandante, não significa que seu comando será positivo. Para exercer uma gestão coerente, justa, competente e progressiva, é necessário um setor de inteligência legado diretamente a ele. E um serviço com funções muito diversificadas, que possibilita desde o tratamento de informações e dados colhidos, até mesmo agir em assuntos disciplinares funcionais de uma forma mais restrita e exclusiva. Os dados estatísticos também são muito importante para qualquer gerenciador, e a manipulação desses dados deve ser realizado pela inteligência: e por este motivo o setor deve ter ligação diretamente com o Comando da Unidade.
De um modo geral podemos afirmar que um setor de Inteligência é imprescindível a qualquer forma de administração, e no caso da Guarda Civil Metropolitana funciona como o cérebro da Corporação, que hoje é administrada sem memória.
São através da inteligência que o comando prepara medidas saneadoras das mais variadas formas, planeja operações com fundamento informativo, estabelece metas a serem alcançadas e delegadas missões; tudo de uma forma previamente planejada e dentro de parâmetros devidamente estudados.
Este setor também mantém a Corporação sempre atualizada no contexto da segurança e outras questões pertinentes de um modo geral, ou seja, mantém a Guarda Civil Metropolitana sempre a frente das questões atuais; um contraste com a atualidade, onde a Corporação está sempre em último plano, isso quando consegue ser inserida em algum plano.
OBJETIVO GERAL DESTE ARTIGO
Os órgãos governamentais de segurança trabalham sempre nos efeitos e pouco nas causas, e ainda se agrava o problema com as distorções morais, sociais e inversões de valores que presenciamos no cotidiano, bem como veículos de comunicação.
Essa inversões atingem a familia, que já não propicia os mesmos conceitos morais e éticos de educação familiar e sem essa base, a criança fica a mercê das Unidades Escolares. Essa por sua vez, não tem como suprir aquilo que faltou no âmbito familiar, já que a sua competência é apenas complementar.
Assim sendo, a Guarda Civil Metropolitana recebe uma ótima oportunidade funcional de se firmar como uma referencia na área de policiamento escolar em médio prazo.
Unidade escolar deve voltar a ser priorizada pela GCM, pois é a maior oportunidade para mudar essa situação, através de um trabalho concreto e planejado. O Município promove a educação didática nas EMEIs e EMEFs, onde abrange uma faixa etária de alunos que varia dos 4 anos de idade até a adolescência, e que tem contato direto com a Guarda Civil Metropolitana que trabalha nestes postos.
Com um trabalho voltado não somente a segurança do patrimônio, mas também com implementos de socialização realizados pelo próprio GCM, desde que devidamente preparado aos estudantes e corpo docente, através de continuadas palestras na própria escola, os alunos podem ser conscientizados sobre a importância da função policial, seja ele de qualquer Corporação, e também sobre o respeito próprio e as regras de convivência; esses são conceitos familiares que a didática comum não supri. Isso aproxima a GCM Cada vez mais dos alunos e funcionários elevando o conceito geral da Instituição.
Então, a criança de hoje em pouco tempo será um adolescente, porem com uma visão mais esclarecida sobre o legitimo senso de respeito social no que tange às regras de convivência, comportamento e cultura, resgatando assim o verdadeiro caráter, tanto de quem é, quanto de quem quer ser cidadão.
Com essa visão diferenciada, esses jovens terão mais resistência a pratica de delitos e se manterão mais distante das drogas, fatores que são tão banalizados nas suas visões cotidianas. “È a cidadania se manifestando de uma maneira bastante oportuna sob o verdadeiro conceito de Policia Comunitária”. É também a antecipação e prevenção dos problemas de segurança, que futuramente poderiam se manifestar fazendo a Guarda Civil Metropolitana agir nas causas do problema, o que auxilia de forma concreta as instituições policiais do estado que apesar dos magníficos esforços, só conseguem agir nas conseqüências, até por uma condição estrutural.
OBJETIVO ESPECIFICO
A identidade da Guarda Civil Metropolitana esta relacionada ao policiamento escolar, houve um período em que falar da GCM logo surgia à idéia de escola. O caráter humano e prestativo da instituição é propicio para essa atividade, e isso é o que consiste a nossa identidade.
Com as diferentes filosofias das gestões de governo, os objetivos também foram mudando. A prioridade já foi policiamento escolar, marreteiros, rondas ostensivas, lotações (perueiros), etc.
Hoje não se sabe qual é a prioridade; retiraram-se guardas das escolas para a fiscalização dos ambulantes na área central e agora também nas áreas das subprefeituras no Município de São Paulo, e recentemente, para lidar com a questão ambiental, que na verdade lida com desapropriações que é função das inspetorias regionais. Isso fez com a Corporação fosse perdendo a identidade ao ponto de não se saber mais qual é sua verdadeira prioridade, já que o efetivo é sucumbido pela demanda e a infra estrutura quase inexistente.
Nasce então a necessidade de priorizar aquilo que é mais importante para a sociedade e também para a própria Instituição, ou seja, a questão de segurança escolar.
Com o proposto, espera-se que num curto prazo de tempo a Guarda Civil Metropolitana poderá retomar a sua identidade e transformar-se numa referencia em policiamento nas escolas. Talvez não por ser melhor, mas por ser mais eficiente, devido ao numero inferior de atribuições com relações a outras Instituições estaduais.
A competência apenas no âmbito municipal e a gama reduzida de atribuições forma exatamente o trunfo da Guarda Civil Metropolitana, para dedicar-se ao estudo planejado do assunto e concretizar as ações que a colocará no lugar que a Corporação merece, ou seja, como autoridade no assunto.
E então, podemos estimar que, em um curto espaço de tempo, virão outras Instituições de outros municípios, estados e quem sabe até estrangeiros para realizar Cursos de Policiamento Escolar na Guarda Civil Metropolitana.
JUSTIFICATIVA
Tomando-se como base um fenômeno tão conhecido por todos nós, que é o fato da Guarda Civil Metropolitana servir de referência para todas as demais Corporações municipais, devemos desenvolver métodos que ratifique essa referência e a fortaleça a cada dia.
Como já foi abordado anteriormente, o policiamento do GCM na unidade escolar tem que ser participativo. Isso significa estar atento a tudo que ocorre no interior e exterior da escola, munido de informações precisas o setor de inteligência, para que se possam orientar os GCM's que fazem as palestras, na elaboração de trabalhos progressivos quanto à sua eficiência, através da abordagem de temas cada vez mais pertinentes.
Quando se fala em policiamento preventivo, destaca-se a presença do guarda uniformizado no local para impedir que a ação delituosa ocorra; mas na nova concepção proposta, função preventiva na escola é muito mais do que isso; ela consiste em criar meios para que não ocorra sequer à intenção da ação delituosa, e isso só se consegue com uma postura sócio educacional e operacional eficaz e planejada, como é exatamente a que proponho. Devemos ter em mente que o comportamento do GCM significa o comportamento da Instituição, pois a impressão moral é generalizada.
Da mesma maneira que a atitude errada de um guarda compromete a corporação, um positivo e profissional também a enaltece, e também a todos que a compõem. Se a prioridade da Guarda Civil Metropolitana é o policiamento escolar, então devemos realizá-lo com o objetivo de conquistar a excelência profissional de uma Instituição que realmente quer se firmar entre as policias estaduais, e mostra que os municípios podem e devem se inserir no contexto da segurança pública, de uma forma mais concretas e com eficácia até superior às instâncias do Estado.
A partir daí as atribuições tendem a se diversificar, porem, jamais será dispensada a hierarquia das prioridades, porque a filosofia administrativa deverá incidir exatamente na manutenção das conquistas, e neste contexto fica claro que a cada espaço conquistado os esforços também tendem a aumentar; é o preço a ser pago pelo êxito do crescimento.
O POLICIAMENTO ESCOLAR E COMUNITÁRIO
Peculiaridades do Policiamento Comunitário de um Modo Geral
PREVENÇÃO
AÇÕES INDIRETAS DE PREVENÇÃO: a ação delituosa promovendo a inclusão e responsabilidade dos moradores de determinado bairro através da participação da comunidade. Os Consegs entre outros podem realizar também atividades de aproximação da comunidade com a Guarda Civil Metropolitana, através da análise de pontos cruciais de clamor da sociedade local realizada pelo Serviço de Inteligência. O objetivo é conhecer as necessidades dos cidadãos, para uma prevenção ao crime mais planejada, portanto, mais eficaz.
O POLICAMENTO MOTORIZADO: é uma forma direta de prevenção, porém este tipo de policiamento deve redirecionar sua operacionalidade para ações proativas; isso significa voltar seus objetivos para a prevenção de atos delituosos, ao invés de agir em caráter de atendimento a vitimas, ou seja, agir após o acontecimento daquilo que deveria ser evitado através das força de presença.
O POSTO DE SERVIÇO: é exemplo mais antigo, mas com um status de Base Comunitária, deve se tomar o ponto mais recente e atualizado deste redirecionamento. Trabalha de forma fixa, com patrulhamento a pé, de bicicleta, de moto e também a viatura, que possibilita a condução ao DP, socorro e outros tipos de prestação de serviço à comunidade. Isso torna o policial mais conhecedor dos problemas daquele local, e também mais conhecido pela população, gerando uma proximidade entre a policia e a comunidade, o que facilita em muito as ações preventivas.
ELEVAR E DEFINIR NOVAS RESPONSABILIDADES: é a caracterização de um objetivos da implantação dos Postos Fixos como Bases Comunitárias. Nota-se que devem ser priorizados para este trabalho os componentes recém formados na Corporação. Isso se deve ao fato de estarem mais afinados com as teorias do que é policiamento comunitário. Desse modo, a resistência daqueles que não concordam, geralmente os veteranos, se minimiza já em sua fase de implantação.
ADAPTAÇÕES PARA O POLICAMENTO ESCOLAR E COMUNITARIO
COMPORTAMENTO: A policia tem o papel claro de servir e proteger a comunidade, e isso são mais eficaz com o estreitamento das relações no convívio cotidiano com o cidadão, o que gera algumas mudanças de comportamento e postura que o policiamento tradicional atual julga necessário abster.
ESTRUTURA:
Na questão estrutural também se fazem necessárias algumas mudanças. È preciso novos níveis de Comando para lidar com o sistema comunitário de policiamento. Neste contexto o GCM de qualquer nível hierárquico deverá ter autoridade suficiente para organizar a comunidade e juntos, tomarem decisões sem precisar esperar alternativas do Comando Geral.
AUTONOMIA:
A iniciativa dos GCM's do policiamento comunitário, assim como a dos seus comandantes de equipes e da Unidade, deve ser amplamente incentivada pelo Comando Geral, a fim de esgotarem a discussão, buscando sempre a melhor solução para os problemas.
Existem GCM's, principalmente entre os veteranos, que não acreditam na eficácia de outra forma de policiamento que não seja o tradicional, ou seja, aquele que já estão acostumados a realizar esse trabalho.
Esses integrantes devem ser tratados de uma forma mais acadêmica e especializados possíveis, com cursos detalhados; é muito fácil esses policiais não descobrirem que, assim como toda sociedade se transforma com o passar do tempo, os agentes da lei devem fazer o mesmo; com certeza eles descobrirão que estão atrasados e o porquê de terem parado no tempo.
A filosofia primordial do verbo policiar está diretamente relacionada com todos os demais verbos que iniciam no sentido da prevenção. Significa dizer que tudo que se relaciona com prevenção. Significa dizer que tudo que se relaciona com prevenção é um policiamento. Então, adotar medidas saneadoras para se evitar um delito também é policiar.
CONSIDERAÇÃO CONCLUSIVAS
Contudo, só podemos concluir então, que é pertinente a criação de um Sistema Municipalizado de policiamento dentro dos preceitos Escolares e comunitários.
Isso expande o corpo policial para vários setores da sociedades e faz com que a policia realmente seja órgão ativo.
“UM ORGÃO POICIAL DEVE SER CONSTITUIDO POR CIDADÃOS A SERVIÇO DA SOCIEDADE E NÃO POR SOLDADOS A SERVIÇO DO GOVERNO”.
O SISTEMA MILITAR JÁ SE MANTÉM COM DIFICULDADES NAS FORÇAS ARMADAS, QUEM DIRÁ NÓS ÓRGÃOS POLICIAIS.
Com esse regime, a policia jamais conseguirá implantar uma característica comunitária em sua filosofia de trabalho, apesar das inúmeras tentativas que deixa clara e indubitável essa intenção.
A Guarda Civil Metropolitana tem nível cultural, tem um regime civil e é municipal, ou seja, possui todos os predicados necessários para desenvolver uma conduta operacional que lhe permite atingir esse tão almejado, principalmente pelas corporações militares.
Para termos sucesso, basta sair na frente com ações propostas neste texto e, utilizar o que a Corporação tem de mais vantajoso, que é exatamente o contato cotidiano com os cidadãos, proveniente da sua característica escolar também proposta aqui, e que poderá levar a Guarda Civil Metropolitana á condição de autoridade especializada no assunto, tornando-a uma referencia no policiamento Escolar e também porque não dizer nas ações de policiamento comunitário.
Publicado no Blog "
Os Municipais" em
05 junho de 2010.